Vida de Defensora: Silvia Abensur relembra da atuação menos tecnológica aos assistidos

Hoje se discute inteligência artificial e já se usa muita tecnologia no dia-a-dia jurídico. Mas até pouco tempo, não era bem assim. Nossa personagem de hoje, a primeira da série Vida de Defensora, é Silvia Abensur, que recorda das reuniões com os colegas para discutir estratégias e compartilhar informações.

Era um trabalho árduo, sem os recursos tecnológicos modernos. “Não tínhamos os mecanismos que hoje os nossos nobres colegas dispõem. Não tínhamos computadores, era a máquina dedo duro”, recorda Silvia.

Figura icônica na história da Defensoria Pública do Amazonas, Silvia tem uma carreira marcada por determinação, firmeza e comprometimento com os assistidos, o que deixou um legado que perdurará por gerações.

“Fui Advogada de Ofício. No concurso público, fui a 16° colocada. Assumiram 15, e eu assumi seis meses depois que o nosso colega Dr. Ernesto Anselmo assumiu como juiz, então abriu a vaga e assumi”, relembra Silvia.

Desde o início, lutou ao lado de seus colegas para elevar o status da instituição. “Nossa Instituição (a Defensoria) tornou-se respeitada, nós impusemos, nunca baixando a cabeça pra ninguém”, enfatiza. “Sempre procurei defender os nossos assistidos com firmeza e independência”, completou.

A jornada rumo à consolidação da Defensoria Pública no Amazonas foi árdua. “Posso dizer que foi uma longa batalha até chegarmos a Defensor Público”, destaca Silvia. “Vivemos tempos difíceis, mudando de lugar, com pouco espaço e salários baixíssimos. Ainda assim não desistimos, demos tudo o que pudemos por nossa instituição”, acrescenta.

“Sou da turma do começo e nosso maior orgulho era fazer o nosso trabalho bem feito”, afirma Silvia, relembrando os desafios enfrentados na área de família. “Comecei na Área de família, conseguimos criar a Vara de Família de assistência gratuita, bem próximo ao nosso órgão e com isso melhorou em muito a assistência aos nossos necessitados”, relata com orgulho.

Aos jovens que aspiram seguir seus passos, Silvia oferece um conselho inspirador: “Ao jovem que se graduar em direito e que tiver senso de luta e amor ao próximo, aconselho ser Defensor Público.”

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