Gaúcha troca as baixas temperaturas do RS pelo calor do humano do AM

O sobrenome de Francine Lucia revela que a origem da nova integrante da Defensoria Pública do Amazonas e também já filiada da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Amazonas (Adepam) é uma mistura de nacionalidades.

Francine Lucia Buffon Baldissarella nasceu numa cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul com pouco mais de 24 mil habitantes. A descendente de imigrantes italianos seguiu uma trajetória oposta aos demais membros da família, que não tiveram a chance de prosseguir nos estudos porque priorizaram o sustento da casa.

A segunda integrante da família a concluir curso superior fez uma auto-reflexão e contou com um apoio amoroso para definir seu caminho profissional. “Sempre tive muita facilidade para leitura, escrita e interpretação de texto, além de gostar de me relacionar com de pessoas. Meu pai foi me ajudando a escolher o curso a partir das minhas aptidões. Me identifiquei com o Direito e fui me preparando desde o segundo grau”, relembrou.

Francine, inicialmente, focou os estudos ainda na faculdade no universo da magistratura e licenciatura. Mas conforme os períodos foram avançando, uma nova porta se abriu. Ela recebeu uma oportunidade que selou seu destino. “Ganhei uma bolsa da escola da Defensoria Pública do Estado do RS e acabei me decidindo pela profissão”, declarou.

Na primeira aula de Direito Penal Geral, ela se sensibilizou com um relato que norteia suas ações até hoje. “O professor Salah Khaled contou uma história sobre como a pobreza e a cor da pele Influenciavam na forma com que o direito penal recaía sobre as pessoas. E, de repente, tudo aquilo que eu já sentia dentro de mim, mas não conhecia o nome, a teoria, começaram a fazer sentido. E, desde então, comecei a me interessar sobre a defesa das pessoas mais vulneráveis”, falou.

A experiência de sete meses de dedicada atuação como defensora no estado do Amapá a preparou para o novo desafio que representa o Amazonas. “É um estado lindo, com natureza exuberante. Possui um povo simpático e acolhedor, que necessita de uma Defensoria cada vez mais forte para lutar ao seu lado por uma vida melhor. Este vai ser o meu lar”, assegurou.

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