A trajetória da Defensora Pública Caroline Souza é marcada pela determinação e pelo desejo genuíno de servir à sociedade. Desde os tempos de graduação, ela já sabia qual caminho queria trilhar. Seu primeiro contato com a Defensoria Pública, por meio de um estágio, foi transformador.
“Foi um divisor de águas na minha vida. Tive a sorte de conhecer pessoas incríveis e inspiradoras. Direcionei meu caminho profissional para isso, ser Defensora”, relembra.
Após a conclusão da graduação, Caroline se dedicou aos estudos para conquistar o sonho de ser Defensora Pública. Enquanto isso, acumulou experiências como assessora jurídica na própria Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e como assistente técnico jurídico no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM). Finalmente, retornou à Defensoria, desta vez como Defensora Pública, concretizando sua vocação.
A principal motivação de Caroline é o desejo de “servir”. Para ela, ser Defensora Pública é colocar em prática seu conhecimento técnico em benefício das pessoas que mais precisam.
“Ser Defensora me traz senso de propósito e serviço, vai muito além da minha remuneração”, afirma.
Ao longo da carreira, Caroline enfrentou diversos desafios, mas escolhe focar no que está ao seu alcance. “Os desafios são constantes, mas hoje eu prefiro focar nas coisas que estão no meu controle, e nesse ponto, dar o melhor de mim”, pontua.
Entre os muitos momentos marcantes, um em especial resume o impacto transformador da Defensoria na vida das pessoas e na vida da própria Defensora. Caroline conta que, recentemente, uma assistida quis presenteá-la em agradecimento pelo trabalho realizado em um caso de pensão por morte. Porém, o gesto que mais emocionou a Defensora foi o reconhecimento por algo além do aspecto jurídico.
“Ela disse que no dia da audiência eu dei um abraço, e que esse abraço fez ela se sentir acolhida e mais segura, que ela se sentiu gente. Eu me emocionei, porque senti que, com um simples gesto, tornei o dia de uma pessoa melhor. Meu presente poderia ser apenas a retribuição do abraço, foi o que pedi dela”, compartilha.
Para Caroline, a relação com os assistidos é uma troca constante: “Cada um deles me torna uma pessoa melhor.”
Caroline tem como objetivo continuar atuando com excelência, sem se acomodar. Para os jovens que aspiram à carreira de defensor público, ela deixa uma mensagem:
“Venham com o coração aberto. Ser Defensor/a, em essência, é muito além de aplicar todo conhecimento jurídico, é preciso gostar de gente, gostar do contato humano. Mas tenham certeza que o retorno pessoal é engrandecedor. Você aprende a ser resiliente, você aprende a ser forte, você aprende o quão significativo é ajudar o próximo”, finalizou.