Quatro em cada dez obras de mobilidade urbana financiadas pelo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) estão atrasadas, segundo uma auditoria realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com base em diferentes bancos de dados. De acordo com o documento, de janeiro de 2019, dos 38 projetos financiados com R$ 37 bilhões em recursos federais, 17 não foram concluídos no prazo previsto de dezembro de 2018.
O coordenador do observatório de mobilidade urbana da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Bernardo Meyer, avalia que as obras são importantes para o país porque são exemplos de como o transporte coletivo foi encarado como tema central da mobilidade urbana. No entanto, faltou planejamento.
“Todo investimento feito para o transporte coletivo é muito importante. Sempre é bem-vindo, principalmente em um país que tem déficit em transporte público. Muitas dessas obras foram pensadas para atender a uma demanda que viria dos eventos esportivos, mas foram projetos mal dimensionados, complicando a sua continuidade e a viabilidade econômica”, disse, em entrevista ao Nexo Jornal.
Para Iuri Moura, gerente de projetos de desenvolvimento urbano do ITDP (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento), os atrasos em obras de mobilidade urbana podem dificultar a integração nas regiões metropolitanas do país, principalmente quando se trata de obras de metrôs e BRTs.
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